Conjunto de 3 azulejos da autoria de Abel Manta e Sara Maia, inseridos na "Colecção os Azulejos e os Oceanos" (1998), estão devidamente assinados pelos autores e pela Fábrica onde foram produzidos (Cerâmica Viúva Lamego).
Nunca utilizados e em excelente estado de conservação.
João Abel Manta
Nascido em 1928 na cidade de Lisboa é filho dos pintores Abel Manta e Maria Clementina Carneiro de Moura Manta.
Convivendo com alguns dos intelectuais mais importantes da época, como Manuel
Mendes ou Aquilino Ribeiro; viaja longamente com os pais, conhece Espanha, Inglaterra, Holanda, mas serão sobretudos as viagens a Paris e Itália que o irão marcar.
Inscreve-se no curso de arquitectura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, que termina em 1951.
Obteve vários prémios nacionais e estrangeiros; participou em inúmeras exposições
colectivas, em Portugal e no estrangeiro; realizou múltiplas mostras individuais, entre as quais: Galeria Interior, Lisboa, 1971; Institute of Contemporary Arts (ICA), Londres, 1976; Museu Rafael Bordalo Pinheiro, Lisboa, 1992; Palácio Galveias, Lisboa, 2009.
Sara Maia
Nascida em 1974 na cidade Lisboa, é diplomada pelo Ar.Co (1991-1997) e expõe
regularmente desde 1992.
Tem um percurso de uma coerência rara no panorama da arte contemporânea. Devedora de uma aprendizagem particular, resultante da frequência do curso de pintura no Ar.Co, que lhe deu uma maior liberdade criativa e a marcou sobretudo pela fortíssima componente de desenho. Este tem uma presença fundamental na sua obra e surge quase sempre como um apontamento mais veloz, experimental e lúdico. Obras do início como Site-Specific (1997) demonstram a importância desta disciplina ao mesmo tempo que introduzem a imagética característica da linguagem específica da artista, entre o grotesco e a deformação expressionista. Surgem as personagens metamorfoseadas, freaks ou cyborgs (certamente híbridos) de um mundo às avessas. Estas travam eternas lutas de domínio e subjugação, rasgam a carne evidenciando a fragilidade e efemeridade do corpo, riem-se do medo da dor, desafiando-a. Estas figuras vão ganhar vida e continuar outras narrativas nas
obras realizadas em 2000. Aqui começam a individualizar-se em cenas onde, em vez de uma amálgama de seres, encontramos dinâmicas que se desenvolvem em torno de duas ou três personagens. Ganham assim o estatuto de verdadeiras personas. Estas cenas ocupam-se da análise das relações com o Outro, onde o fio se torna o símbolo das ligações surgindo como uma espécie de cordão umbilical. Começam a surgir apontamentos de cor que são quase como sabotagens ou contaminações que completam ou produzem um curto-circuito com o traço do desenho.
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